No setor de perdidos e achados da OCA Rio Branco, mais de dois mil documentos estão armazenados, aguardando serem recuperados pelos proprietários. Esses documentos foram perdidos, esquecidos ou levados durante furtos e roubos. Muitos deles ainda estão dentro de carteiras e bolsas. A maioria é composta por documentos de identidade (RG), carteiras de trabalho, números do SUS e até pastas com vários documentos. Eles são guardados por cinco anos e, depois desse período, são arquivados. Em média, cerca de 600 documentos chegam ao balcão por ano, mas menos de 50% são recuperados pelos donos.
Maria Leda Miranda é uma das pessoas que teve os documentos levados durante um assalto. Ela procurou pelos pertences no setor de perdidos e achados da OCA, mas, infelizmente, não os encontrou. Agora, ela precisa enfrentar a fila no setor de identificação da Polícia Civil, na própria OCA, e pagar por novas cópias. “Fui atrás do meu documento, não achei, fui na delegacia, fiz tudo, procurei aqui também e não encontrei. Agora, além do transtorno, tive um prejuízo de R$ 120,00”, disse Maria Leda.
O setor ainda é pouco conhecido pelos moradores da cidade, o que explica a baixa procura. A central foi criada para que pessoas que encontrem documentos na rua possam entregá-los na OCA, funcionando assim como um ponto de referência. Se você perdeu o documento de identidade, por exemplo, é recomendado procurar a istração da OCA antes de solicitar uma nova via, para evitar perda de tempo e dinheiro.
Todos os documentos entregues são cadastrados no sistema da OCA. Os servidores da parte istrativa tentam entrar em contato com os donos dos documentos, buscando números telefônicos na Secretaria de Segurança, na Saúde e no Tribunal Regional Eleitoral. Contudo, o sistema de cadastro da OCA não é interligado com os setores de emissão de documentos, o que poderia facilitar a vida de quem precisa de uma segunda via.
Além de documentos, o setor de perdidos e achados da OCA armazena vários objetos, como materiais de estudo e capacetes de motocicleta.
Matéria em vídeo produzida pelo repórter Adailson Oliveira para TV Gazeta.
