O local em que o protagonista vive, as pessoas com quem fala, o emprego, o próprio casamento, tudo é falso
No filme, de 1998, acompanhamos a vida de Truman Barbink (Jim Carrey), um cidadão comum que faz o mesmo trajeto todos os dias e fala sempre com as mesmas pessoas. A questão é que sua vida é monitorada, fazendo parte de um programa de tv desde que ele nasceu, sem que Truman tenha conhecimento. Até o momento em que ele começa a desconfiar dos acontecimentos ao seu redor.
Truman, ao nascer, foi “adotado” por Cristof, o produtor do programa televisvo, que o tornou o primeiro humano sobre tutela de uma empresa. Dentro desse contexto, desde o nascimento de Truman todos os aspectos de sua vida são vistos ao vivo, mundialmente.
O local em que o protagonista vive, as pessoas com quem fala, o emprego, o próprio casamento, tudo é falso. São todos atores, mais de 5 mil câmeras vistoriam cada o de Truman. O filme trás um aspecto de reflexão capitalista, uma vez que se trata de uma vida “comprada” e levada ao extremo para entretenimento.
Algumas curiosidades do filme são os nomes do protagonista e produtor de tv. Truman tem o mesmo som em ingês que “true men”, ou seja, “homem verdadeiro”. Enquanto “Christof”, remete a “Cristo”. Dessa forma, é interessante perceber essa questão quando Truman tem emoções naturais já que ele desconhece o monitoramento da sua vida, e Christof age como se fosse uma divindade que criou este homem.
O filme tem um teor filosófico e abre espaço para pensarmos sobre nosso cotidiano, as relações humanas e ainda nos deixa com o pensamento do que pode ou não ser real. As decisões de Truman e vivacidade para descobrir a natureza das coisas, questionamentos e a forma que ele busca “escapar” da vigilância deixam o filme ainda mais interessante.
Como sempre, deixo aqui algumas frases de personagens do filme para você entender um pouco mais sobre a história, e também o trailer. Se quiser assistir o filme, ele está disponível na Amazon Prime.
Talvez esteja enlouquecendo, mas parece que o mundo gira ao meu redor. – Truman.
– É muito mundo para um homem só, Truman. – Marlon.
Já estamos cansados de atores com emoções falsas. Cansados de pirotecnia e efeitos especiais. Embora o mundo em que habita seja, de certa forma, falsificado, Truman não tem nada de falso. Não tem roteiros, nem deixas. Não é sempre um Shakespeare, mas é genuíno. É uma vida. – Christof.
Amanda Oliveira é estagiária de Jornalismo na Tv Gazeta e estudante de Jornalismo na Universidade Federal do Acre
