A Prefeitura de Rio Branco anunciou, nesta quinta-feira (23), a de um decreto de emergência em saúde pública em resposta ao avanço alarmante dos casos de arboviroses, em especial a dengue. O decreto, assinado pelo prefeito Tião Bocalom em cerimônia que contou com a presença de secretários municipais e do vice-prefeito Alysson Bestene, terá validade inicial de 90 dias e será publicado no Diário Oficial do Estado na próxima segunda-feira (27).
O prefeito destacou a gravidade da situação e a necessidade de medidas emergenciais para evitar uma nova crise de saúde pública semelhante à de 2021, quando três pessoas morreram em decorrência da doença na cidade. “Mais um decreto para tentar salvar vidas. Não queremos repetir o que aconteceu em 2021. Com base nos dados técnicos apresentados pela Secretaria de Saúde, tomamos essa providência de decretar a situação de emergência”, afirma Bocalom.
De acordo com Renan Bithes, secretário municipal de Saúde, desde o início do mês, Rio Branco registrou 800 notificações de casos de dengue, sendo mais de 400 apenas na última semana. O índice de infestação predial atingiu 10%, muito acima do limite tolerável de 6,2%, configurando risco elevado de epidemia. “Desde dezembro, temos monitorado os parâmetros de arboviroses, com destaque para a dengue. Identificamos, em estudo realizado no final de 2024, que 10,3% dos imóveis visitados apresentavam condições propícias para a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, explica o secretário.
O decreto permitirá a implementação de ações mais rápidas e eficazes para combater o surto. Entre as medidas emergenciais estão a intensificação de mutirões de limpeza, o controle de criadouros do mosquito e a contratação de novos profissionais para reforçar a saúde pública municipal. “Com a abertura do orçamento no dia 20, faremos o chamamento de aprovados no último concurso para fortalecer o atendimento à população”, garante o prefeito.
Outro ponto destacado por Bocalom foi a necessidade de controlar os mais de 20 mil terrenos baldios existentes em Rio Branco, que são ambientes favoráveis à proliferação do Aedes aegypti. “Pedimos que os proprietários cuidem de seus terrenos. Este ano, implementaremos uma nova política de fiscalização e controle para esses espaços”, anuncia.
A Prefeitura reforça a importância do engajamento da população no combate à dengue, eliminando possíveis focos do mosquito em suas residências e auxiliando nas ações de prevenção. “O decreto é uma medida preventiva para que possamos proteger a população e cumprir a missão de cuidar das pessoas, como nos foi confiado”, conclui o secretário Renan Bithes.
